* Heloisia Helena Martins da Silva
A comunicação humana é um processo que envolve a troca de informações e utiliza os sistemas simbólicos como suporte para este fim. Estão envolvidos neste processo uma infinidade de maneiras de se comunicar: duas pessoas tendo uma conversa face-a-face, ou através de gestos com as mãos, mensagens enviadas utilizando a rede global de telecomunicações, a fala, a escrita que permitem interagir com as outras pessoas e efetuar algum tipo de troca informacional.
Vivem-se dias de intensa interferência de inovações tecnológicas no contexto social. As relações humanas apresentam-se fortemente reestruturadas, reorganizadas pela influência desses recursos e o cotidiano é totalmente permeado por eles. O futuro se apresenta como fruto daquilo que a tecnologia puder oferecer.
A comunicação humana desenvolve-se em diversos campos de diferentes naturezas, dos quais pode-se destacar dois pontos distintos: a comunicação em pequena escala, e a comunicação em larga escala ou comunicação de "massa". Em ambos os casos, o ser humano passou a utilizar utensílios que passaram a auxiliar e a potencializar o processo de produção, envio e recepção das mensagens. Com a era da revolução industrial, a tecnologia passou a fazer parte da comunicação humana, assim como, passou a participar da maioria das atividades desenvolvidas pela humanidade ao longo do seu desenvolvimento.
Neste contexto destaca-se o predomínio da televisão diante das demais formas de comunicação, que passou também a dominá-las e submetê-las. Estas, a partir do predomínio da televisão, entram em declínio e perdem a identidade. A televisão impõe à sociedade uma velocidade de leitura, uma rapidez na decodificação de imagens visuais e uma forma de apreender o real baseada apenas neste jogo de trocas simultâneas de cenas e da construção de uma narrativa e de uma dramaturgia muito específica, é a cultura produzida segundo as normas maciças da fabricação industrial.
Se por um lado este tipo de cultura democratiza, por outro permite a interação de todos os indivíduos, independentemente do seu estatuto social nos valores culturais universais, não é menos verdade que permite, particularmente às classes econômicas mais baixas, um contacto com realidades culturais que até aqui lhes eram totalmente vedadas e permitindo o acesso a conhecimentos globais.
Chamam-se de Novas Tecnologias de Informação e Comunicação (NTICs) as tecnologias e métodos para comunicar surgidas no contexto da Revolução Informacional, "Revolução Telemática" ou Terceira Revolução Industrial, desenvolvidas gradativamente desde a segunda metade da década de 1970 e, principalmente, nos anos 1990. A imensa maioria delas se caracteriza por agilizar e permitir abrir novos horizontes e tornar menos palpável o conteúdo da comunicação, por meio da digitalização e da comunicação em redes (mediada ou não por computadores) para a captação, transmissão e distribuição das informações (texto, imagem estática, vídeo e som).
Considera-se que o advento destas novas tecnologias e a forma como foram utilizadas por governos, empresas, indivíduos e setores sociais, possibilitou o surgimento da informação. Alguns estudiosos já falam de sociedade do conhecimento para destacar o valor do capital humano na sociedade estruturada em redes telemáticas.
As novas tecnologias buscam favorecer a tendência para as empresas terem fronteiras cada vez menos demarcadas em relação ao seu meio ambiente, a trabalharem cada vez mais "em rede" com outras empresas e, dentro delas, os seus colaboradores também trabalharem cada vez mais conectados.
É difícil prever o impacto que terá nelas, embora já ser possível visualizar alguns contornos: maior facilidade e rapidez de acesso à informação, melhor coordenação de colaboradores dispersos geograficamente, por exemplo, integração e automatização dos processos de negócio, incremento da possibilidade de participação dos colaboradores nas actividades de gestão dos seus superiores hierárquicos.
Heloisia Helena Martins da Silva, 8º Período – Administração Geral - FINAC
Nenhum comentário:
Postar um comentário