quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL E PRODUTIVIDADE: O CASO DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NA GESTÃO DA ÁREA DE SEGUROS

Segmento altamente concentrado – os 10 maiores grupos seguradores representando 80% do total de Prêmios Diretos(BRASIL INSURANCE, 2011) -, o mercado brasileiro de seguros é majoritariamente formado por seguros de automóveis e de saúde, que, juntos, representaram 60% do mercado em 2009.

Além de ser o maior mercado segurador da América Latina, o mercado brasileiro apresenta grandes perspectivas de expansão e diversificação. Em razão de sua economia estável e crescente, de sua expressiva população e do potencial de mercado (MOODY´S, 2006), o mercado brasileiro de seguros cresceu a taxas médias de 16% ao ano, nos últimos 5 anos (BRASIL INSURANCE, 2011).

Como não poderia deixar de ser, a tecnologia da informação tem representado papel fundamental nessa expansão, dando suporte ao relacionamento entre o corretor de seguros, as seguradoras e os segurados.

Entre o corretor de seguros de automóveis e as seguradoras, por exemplo, predominam os programas gerenciadores de cálculos e propostas de produto, disponibilizados gratuitamente pelas seguradoras para identificar o perfil de risco de cada segurado, bem comoapresentar o prêmio a ser pago pelo seguro em questão.

O corretor entra com dados do potencial segurado no programa, que, a partir de uma série de parâmetros definidos estatisticamente, calcula o risco individual do segurado e o prêmio que deverá ser pago. Dessa forma, modelos de carro mais roubados e bairros mais violentos geram maior risco, ao passo que a existência de garagem na residência e a inexistência de acidentes e multas diminuem o risco. Trata-se da inteligência artificial aplicada aos negócios.

Como cada seguradora possui seu próprio programa, banco de dados e parâmetros, o nível do risco e do prêmio de seguro é diferente entre as operadoras, embora possa se verificar certa coerência de magnitude entre elas: riscos altos em um programa também serão riscos altos nos demais.Já houve uma época em que não havia esse tipo detecnologia.

Os seguros precisavam ser calculados no “braço”, a partir dos parâmetros subjetivos de cada analista, baseado em sua restrita experiência individual. O surgimento das atuais tecnologias revolucionou esse mercado, lhe oferecendo maior segurança em suas decisões, baseadas, a partir de agora, em estatística. Hoje, produz-se, em poucos minutos, algo que, há apenas 15 anos, demoraria um dia inteiro; e isso tudo é feito com margem de erro infinitamente menor. O sonho de qualquer administrador.


*Rodrigo Bitencourt Bussular é aluno do 2º período de Administração na Faculdade Nacional – FINAC e corretor de seguros. E-mail: rodrigobbussular@hotmail.com

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